NASA divulga mapa com todos os voos realizados pelo Boeing 747SP SOFIA

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Foto: NASA

Conforme anunciado pela NASA no final de abril deste ano, o Boeing 747SP SOFIA (Stratospheric Observatory for Infrared Astronomy), de matrícula N747NA, colocou um ponto final em suas operações no último mês de setembro.

O futuro do Boeing já vinha sendo discutido há um tempo por conta dos altos custos operacionais. Estima-se que a NASA gastava 85 milhões de dólares ao ano no SOFIA. Uma pesquisa realizada pela Academia Nacional foi apresentada para a NASA como recomendação e além da questão dos custos operacionais também concluiu que as capacidades atuais do SOFIA não seriam suficientes para as prioridades científicas identificadas para as próximas décadas.

Recentemente, a agência espacial norte-americana divulgou através de suas redes sociais o mapa com todos os voos realizados pelo quadrimotor. Ao todo, foram 732 noites de missões de observação realizadas durante o tempo em que o SOFIA esteve ativo. A aeronave era adaptada com um telescópio e durante 8 anos realizou centenas de voos voltados para a ciência em uma parceria entre a NASA e o German Space Agency. Confira o mapa abaixo:

Como pode-se observar, a maioria dos voos aconteceu na região da América do Norte, onde a aeronave ficava baseada. Ao longo de 2022, o jato de 45 anos operou 143 missões, sendo grande parte delas efetuadas a partir de Palmdale e outras de lugares como Santiago, no Chile, e Christchurch, na Nova Zelândia.

Quando no Chile, o Boeing 747SP adaptado realizou sua primeira e única missão na América do Sul e durante duas semanas o SOFIA observou com o seu telescópio objetos celestes que podem ser observados somente do Hemisfério Sul.

Durante sua passagem pela Nova Zelândia, o Boeing efetuou durante um período de um mês uma sequência de voos científicos, mas sofreu avarias por conta de uma tempestade e precisou regressar a Palmdale, nos EUA.

Futuro do SOFIA

Com seus 45 anos de muitas descobertas e experiências, é pouco provável que o SOFIA venha a conseguir um novo operador. Ele iniciou sua carreira nas cores da icônica Pan Am em maio de 1977 como N536PA. Na década seguinte, em 1986, foi incorporado à frota da United Airlines onde voou até 1997, quando foi para a NASA. Ele continuou batizado de ‘Clipper Lindbergh’, nome que ele levava nos tempos em que voava na Pan Am. Dada sua importância histórica, este Boeing 747 poderia vir a fazer parte do acervo de algum museu. No entanto, não há maiores informações sobre o futuro da aeronave.

Com a aposentadoria do quadrimotor da NASA, agora restam apenas três aviões do modelo Boeing 747SP ativos ao redor do mundo. Você pode conferir mais detalhes através do link abaixo:

Fábio Passalacqua

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