Voamos o clássico MadDog entre Buenos Aires e Iguazú. Embarque com a gente e confira o nosso report.
Na manhã do dia 19 de outubro de 2019, eu estava hospedado relativamente próximo do Aeroparque e após uma rápida passagem pela cidade de Buenos Aires, retornei ao aeroporto para embarcar em um icônico McDonnell Douglas MD-83 de 29 anos de idade.
Check-in e embarque
Cheguei ao aeroporto com aproximadamente 2 horas de antecedência ao voo. Ao passar pelo check-in da companhia, haviam apenas dois funcionários, que prestaram um atendimento bem simples e sem muita simpatia para com os clientes.
A companhia não inclui nos bilhetes mais simples o atendimento no check-in, no entanto, todos os passageiros que não adquiriram a tarifa premium precisavam levar consigo o cartão de embarque impresso. A Andes não contava com aplicativo de celular.
Ao chegar no portão de número nove, que possuía ponte de embarque, não vi nenhuma aeronave da Andes nas proximidades, apesar disso, o embarque foi realizado remotamente e seguimos de ônibus até o MD-83 de matrícula LV-WGN. A aeronave que chegou a frota da Andes em 2015, voa desde o ano de 1990 na Argentina, tendo operado anteriormente na Aerolíneas/Austral.
Após o embarque, fui gentilmente recebido pelas comissárias Clara, Magalí e Florencia, que não deixaram a desejar em nenhum momento, prestando durante toda viagem um excelente atendimento.
Antes de seguir até meu assento, uma rápida espiada no clássico cockpit do MadDog. O comandante ainda estava preparando a aeronave para realizar o voo.
Segui ao meu assento, 30F, bem no final da aeronave e próximo ao motor, com uma vista sensacional e um som maravilhoso dos clássicos PW JT8, que equipam o MadDog.
Apesar de seus quase 30 anos nas costas, o WGN estava em excelente estado de conservação, com um interior impecável, com assentos de couro e bastante espaçosos.
O voo OY 574 tinha decolagem prevista para 12h30. Às 12h29 o LV-WGN alinhava a pista 13 do Aeroparque e após alguns minutos, às 12h33, iniciávamos nossa decolagem rumo a Puerto Iguazú. Apesar de um imperceptível atraso de três minutos, chegamos a Iguazú dentro do horário previsto.
Nesse dia, Buenos Aires estava com o céu bastante encoberto, fazendo com que após a decolagem, enfrentássemos bastante turbulência devido a quantidade de nuvens. Após longos minutos com o cinto afivelado, o comandante do voo liberou o aviso e as comissárias puderam se preparar para iniciar o serviço de bordo.
Sinceramente, não era de se esperar muito do serviço de bordo, tendo em vista a grave crise que a empresa vinha enfrentado. Foram servidas apenas bebidas, com duas opções de refrigerantes e água. O copo tinha a identificação da companhia, assim como o guardanapo que foi entregue.
A aeronave não possuía wi-fi ou qualquer outro meio de entretenimento além da revista de bordo “Andes Magazine”.
Após pouco mais de uma hora de voo, inciou-se o recolhimento do lixo e a descida para pouso em Iguazú. Depois 1h38 de etapa, o WGN tocava o solo às 14h11 e botava fim a nossa incrível aventura a bordo do clássico jato.
O atendimento prestado em solo foi bastante objetivo e simples, com funcionários bem “fechados” e que não deram um sorriso aos clientes em momento algum. Já a bordo, o atendimento foi completamente diferente, com uma tripulação sensacional, atenciosa e sempre com um sorriso no rosto.
A aeronave, apesar de sua idade, não deixou a desejar no quesito de conforto. Já no serviço de bordo, apesar do difícil momento o qual a empresa passava, não deixou de servir algo gratuitamente aos passageiros. A viagem em geral foi bastante agradável.
E é isso que vou lembrar da minha experiência voando com a Andes Lineas Aéreas!