Conheça o MD-80 que virou uma cafeteria em um aeroporto do Irã

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Foto: Mehrst Andrew Watson via OPENSPOTTERS.ORG

No dia 16 de março de 2007, o MD-82 de matrícula LZ-LDD da Kish Air, arrendado da então Bulgarian Air Charter (atual European Air Charter), cumpriu uma etapa tranquila e sem maiores problemas entre Dubai e a paradisíaca Kish Island, no Irã. No entanto, ao tocar o solo do Kish International Airport, a aeronave realizou um hard landing, ou seja, um pouso digamos ‘mais violento’ (não existe uma tradução exata do termo para o português.

Quando uma aeronave realiza um pouso assim, ela segue para uma inspeção para verificar se houveram danos à fuselagem ou em algum componente do avião. Se é avaliado que algo foi danificado, o avião então passa por uma manutenção corretiva, mas existem casos que os danos podem ser irreversíveis e foi o que aconteceu com este MD-82.

Nenhum dos 158 ocupantes sofreu ferimentos no incidente, mas o Maddog (apelido do MD-80) jamais voltou a voar.

Durante cerca de três anos, ele ficou encostado e abandonado no Kish Intl Airport, até que em 2010 o MD-82 ganhou uma nova vida: a aeronave foi transformada em um Café para os funcionários do aeroporto.

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Foto: Reza Rahmani via JetPhotos

O maddog ganhou uma nova pintura, mas ainda continuou com a logo da Kish Air no estabilizador vertical e se tornou um point, afinal quem não quer tomar um cafezinho ou comer um lanche em um MD-80.

Infelizmente, a nova função do LZ-LDD não foi eterna, como a de muitas aeronaves que são preservadas, e em 2010 o Café foi fechado e o MD-82 voltou ao seu status anterior de abandonado. O último registro que se tem desse maddog foi feito em 2017 e provavelmente ele já foi totalmente desmontado.

Kish Air e o MD-80

Mesmo sem o LZ-LDD em sua frota, a iraniana Kish Air continua sendo uma operadora de MD-80s. Atualmente a companhia conta com 7 deles em sua frota, sendo quatro da variante MD-82 e três do MD-83. A empresa tem sua base principal no Aeroporto Internacional Mehrabad, em Terã, e conta também com dois Fokkers 100 e dois Airbus A321 em sua frota.

Fábio Passalacqua

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