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Material cedido pelo colaborador Fabricio Darosci Junior
Antoine de Saint-Exupéry, autor de “Pequeno Príncipe”, visitou algumas vezes a ilha de Florianópolis e deixou sua marca na cidade.
Ao passar pela área de embarque do belíssimo terminal do Aeroporto Internacional Hercílio Luz, em Florianópolis, em Santa Catarina, não é difícil notar o grande mural com a frase Antoine de Saint-Exupéry em seu mais famoso livro “O Pequeno Príncipe”. O que seja talvez mais difícil para os – quase sempre – apressados viajantes é traçar a relação entre o autor e a cidade em que se encontram.
Antoine foi um visitante frequente no Brasil. Em seu trabalho como piloto, frequentemente realizava uma rota que saia de Paris, e a partir de Natal, descia todo o litoral brasileiro até Buenos Aires, na Argentina, com múltiplas paradas. A companhia aérea Aéropostale, que hoje dá nome a uma grife de roupas, era responsável pela rota de correio aéreo que ligava a Europa e América do Sul. Aéropostale que inclusive, se fundiu com outras companhias para criar o que conhecemos hoje como Air France.
Para facilitar o pernoite de seus pilotos em algumas cidades, a companhia construía em algumas cidades hospedarias para seus pilotos, e uma delas se localizava em Florianópolis, no bairro do Campeche, próximo ao aeroporto.
Na ilha da magia, ele foi apelidado pelos moradores locais (os manézinhos) como “Zé Perri”, um substituto abrasileirado ao nome Francês de difícil pronúncia. No seu livro, “Voo Noturno” ele relata o desenvolvimento das suas amizades com os habitantes da ilha.
O pouso em Florianópolis era marcado pela grande quantidade de elevações próximas ao campo. Para auxiliar os pilotos durante o pouso, alguns pescadores subiam num morro próximo para iluminá-lo com a ajuda de lanternas. O nome do então chamado “Morro do Lampião” perdura até os dias atuais, e sua trilha fornece uma visão panorâmica da Ilha do Campeche e da final da pista 32 do aeroporto.
Zé Perri, que também era militar, desapareceu em uma missão de reconhecimento sob o Mediterrâneo, em 1944, aos 44 anos. Hoje em Florianópolis, além da clara referência no aeroporto, os visitantes podem trafegar pela Avenida Pequeno Príncipe, nome dado em sua homenagem à principal via do bairro que abrigava o casarão dos pilotos.
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