O trecho entre São Paulo e Manaus é um dos poucos voos domésticos onde é possível voar em uma aeronave wide-body (aeronave de fuselagem larga). O LA4784 (GRU-MAO) é na maioria das vezes operado pelos Boeing 77W da LATAM e esporadicamente o Boeing 767 é escalado para cumprir o trajeto.
No mês em que eu voei para Manaus, o 4784 estava sendo operado em alguns dias pela mais nova aeronave da frota da LATAM Brasil: o Boeing 787-9 PS-LAA. Eu escolhi um dos dias que o Dreamliner estava previsto para realizar o trajeto, mas um imprevisto fez com que o Boeing 77W fosse o escalado para o voo daquele dia.
LINHA AÉREA: LATAM BRASIL / VOO: LA4784 GRU-MAO / AERONAVE: Boeing 77W PT-MUB / DURAÇÃO: 03h24
Cheguei ao Aeroporto Internacional de Guarulhos cerca de 01h30 antes da partida do meu voo. Estava entusiasmado para voar no Boeing 787-9 e me dirigi ao check-in da LATAM para tentar um upgrade de classe. Fui muito bem atendido, mas todos os assentos da classe executiva já estavam preenchidos.
O horário da partida foi se aproximando e depois de um rápido café da manhã, me dirigi ao portão de embarque que ficava no piso inferior. Às 08h35 (horário programado da partida) o embarque ainda não havia começado, quando pelos alto falantes do aeroporto ouvimos uma das funcionários anunciando que o voo atrasaria alguns minutos.
Os minutos viraram horas e a LATAM ofereceu um voucher de alimentação a todos os passageiros. Aproveitei então para tomar um segundo café da manhã. Por volta das 10:00, foi confirmado que haveria uma troca de aeronave por conta de manutenção na anteriormente escalada. Fiquei curioso em saber qual iria ser o novo avião escalado. Seria um Boeing 767? 777? A320? A321?
Como no check-in me informaram que não haveria muitos passageiros a bordo, imaginei que qualquer um desses modelos poderia ser escolhido para substituir o Dreamliner. Mas claro que esse não é o único fator a ser levado em consideração quando uma situação assim acontece. O volume de cargas e a disponibilidade de uma nova tripulação também são analisados, entre outros fatores.
O novo portão de embarque foi anunciado, agora no piso superior. Chegando lá, dei de cara com quem o responsável que nos levaria até Manaus: o PT-MUB. Ele foi o segundo Boeing 777 que chegou na frota da TAM, sendo entregue em outubro de 2008, e posteriormente, em 2016, foi incorporado na frota da LATAM Brasil. Eu já havia voado anteriormente em três irmãos do ‘MUB’: o PT-MUD, PT-MUE e PT-MUH.
Embarque iniciado às 11:25 e minutos depois, às 11:42 as portas já estavam fechadas e o pushback foi iniciado dois minutos depois. Ao longo do speech de boas vindas, o comandante pediu desculpas a todos pelo atraso, explicando o motivo do ocorrido. Motores acionados e o PT-MUB iniciou o táxi para a pista 09L às 11:49.
Sem tráfego à nossa frente, alinhamos na cabeceira 09L às 11:52 e um minuto depois o ronco dos poderosos GE-90 faziam o Boeing correr pista. Deixamos o solo de Guarulhos às 11:54, iniciando nossa jornada até a capital amazonense.
Minutos após a decolagem, o aviso de atar os cintos de segurança foi desligado e eu aproveitei para sentar em outros assentos e apreciar o visual da grande asa do Boeing 777 de outros ângulos.
Fiz esse voo durante o período da pandemia, portanto não foi oferecido serviço de bordo, seguindo a determinação da ANVISA. Os comissários circulavam pela aeronave oferecendo copos de água.
O céu azul do Sudeste foi ficando para trás e conforme nós avançávamos pelo estado do Mato Grosso, gigantes nuvens foram brotando por todos os lados. Fomos serpenteando e desviando delas, mas não escapamos da turbulência. O visual dos grandes Cumulus estava bonito de ver!
Próximo da Amazônia e o tempo voltou a melhorar e o início da descida foi iniciado próximo da cidade amazonense de Borba por volta das 14:50 (horário BSB) / 13:50 (horário Manaus).
Fomos sobrevoando a floresta tropical e os rios que a cortam, uma paisagem mais bonita que a outra! Essa era a terceira vez que eu ia a Manaus, mas os visuais da região não me cansam. Não tirei meus olhos da janela!
Às 14:15 (Horário Manaus) ingressamos na final da pista 11 de MAO e três minutos depois tocamos o solo manauara. “Sejam bem-vindos ao Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus”.
A tripulação novamente se desculpou pelo atraso, que eu já até havia esquecido! Ao sair e ‘me despedir’ do PT-MUB, fui recebido e abraçado pelo calor amazonense.
Assim terminamos mais um Flight Report. Se você perdeu nosso último voo, clique aqui: VOAMOS NO A318 DA EXTINTA AVIANCA