O que podemos esperar da Boeing e da Airbus em 2023?

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Ao longo de 2022, as duas maiores fabricantes de aeronaves no mundo, Airbus e Boeing, entregaram 674 e 478 aeronaves respectivamente. O ano foi de recuperação no setor aéreo e ambas superaram os seus números de 2021, mas ainda estão atrás de 2019, período pré-pandemia.

Para 2023, é esperado que as duas fabricantes deem andamento em projetos que já vêm sendo desenvolvidos e também obtenham números ainda mais altos do que em 2022. Confira algumas questões das quais podemos esperar da Boeing e da Airbus neste ano:

Boeing

Foto: Boeing

Entre 2019 e 2021, a Boeing enfrentou uma forte “turbulência” por conta da severa crise envolvendo o projeto do Boeing 737 MAX. A empresa também passou por problemas com a produção do Boeing 787, que ficou suspensa durante 15 meses e afetou os números das entregas da fabricante norte-americana em 2021 e 2022.

No ano passado, a Boeing pôde ‘respirar’ melhor, mas ainda assim precisou lidar com certas questões, como o atraso no projeto do Boeing 777X ou os problemas na certificação dos Boeing 737 MAX 7 e MAX 10.

Se recuperando de uma sequência de crises, 2023 pode ser mais promissor para a fabricante norte-americana. Na primeira semana do ano, ela já conquistou sua primeira encomenda: dois Boeing 787-9s para a Hawaiian Airlines. Veja mais detalhes de uma projeção para o 2023 da Boeing:

  • Ampliar a produção do Boeing 737 MAX: a Boeing espera produzir entre 400 e 450 aeronaves do modelo Boeing 737 MAX ao longo de 2023. Número superior aos cerca de 375 entregues em 2022.
  • Certificação do Boeing 737 MAX 7, MAX 10 e 777X: um dos maiores entraves atuais enfrentados pela Boeing certamente é a certificação de seus aviões Boeing 737 MAX 7 e MAX 10, a menor e a maior versão da família Boeing 737 MAX. O projeto de ambos ficou ameaçado em 2022, mas a fabricante conseguiu a extensão necessária e focará primeiro na certificação do Boeing 737 MAX 7, que deve sair até a metade do ano. Já o Boeing 737 MAX 10 está previsto para obter sua certificação somente no final do ano ou no início de 2024, enquanto o Boeing 777X deve continuar seu programa de certificação ao longo de 2023 e também 2024, visto que as primeiras entregas estão marcadas para 2025.
  • Novas encomendas: pode ser que em 2023 a fabricante norte-americana tenha dificuldade para obter encomendas de grandes operadoras, uma vez que boa parte delas já possuem pedidos feitos para a renovação de suas frotas. Durante 2022, a Boeing conquistou importantes encomendas como de 100 Boeing 737 MAX 10 da Delta Airlines e a de 100 unidades do Boeing 787 pela United Airlines. Mas o cenário não é desanimador, visto que algumas empresas, como a Air India, ainda não bateram o martelo quanto a renovação de suas frotas. Espera-se que a aérea indiana encomende 200 unidades do Boeing 737 MAX.
  • Último Boeing 747 produzido: este ano certamente será marcante para a Boeing. Ela entregará o seu último Boeing 747, marcando o fim da era de um jato que marcou a história da aviação. O jato será entregue à Atlas Air no próximo mês de fevereiro.

Em resumo, se tudo seguir como o planejado pela fabricante, com o Boeing 737 MAX 7 certificado, com as entregas da família MAX e do Boeing 787 fluindo e com o projeto do Boeing 777X não sofrendo novos atrasos no projeto, 2023 pode ser um ano interessante para a Boeing.


Airbus

A Airbus encerrou 2022 com sucesso e liderou o mercado em número de entregas. Foram quase 700 aeronaves entregues. Conquistando diversas novas encomendas, a fabricante europeia deu largos passos em seus projetos, mas também enfrentou problemas, como a “briga” com a Qatar Airways em relação ao Airbus A350.

Para 2023, é esperado que a Airbus avance no desenvolvimento de novas tecnologias e também de novas aeronaves, como o inovador A321XLR. Veja mais detalhes de uma projeção para o 2023 da Airbus:

  • Pintura do A350F: em 2022 a Airbus abriu uma campanha para participantes desenharem a pintura da nova variante do A350, o A350 cargo. O esquema visual deve ser divulgado na feira Le Bourget, em junho de 2023.
  • Novas tecnologias: pioneira em novas tecnologias sustentáveis, a Airbus deve iniciar neste ano os testes de um novo modelo de propulsão com motores movidos a hidrogênio e também elétricos. Posteriormente e provavelmente ainda não em 2023, a fabricante deve testar os motores no protótipo 01 do Airbus A380.
  • Produção de aeronaves: assim como a Boeing, a Airbus planeja ampliar a produção de suas aeronaves ao longo de 2023. O A220 será um dos beneficiados, com a meta de 14 sendo produzidos mensalmente. Em relação ao A350, a ideia da fabricante é entregar acima de cinco unidades mensais do modelo. A fabricação do A321 também será ampliada, visto que o jato passou a ser produzido nas facilidades da Airbus em Tianjin, na China.
  • A321XLR: com previsão de entrar em serviço regular em 2024, este ano será importante para o A321XLR, versão ultra long-range do A321neo. A aeronave, que é uma das maiores apostas atuais da Airbus, está em processo de voos testes e certificação.

Ao que tudo indica, 2023 será um ano de crescimento para a Airbus. Ampliando sua produção de aeronaves, testando novas tecnologias sustentáveis, avançando com o projeto do inovador A321XLR, a fabricante europeia se prepara para um ano agitado à sua frente.

Redação ONTIME

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