Falta de combustível impacta operações da Air Zimbabwe

Foto: Maarten Visser via Wikimedia Commons

Na última quarta-feira (11), a Air Zimbabwe decidiu suspender suas operações temporariamente por conta da falta de combustível em aeroportos que ela possui voos. A medida é reflexo da crise que a região vem enfrentando com a escassez do Jet A1, combustível utilizado nas aeronaves, e também impacta outras empresas aéreas.

Ontem (12), a companhia divulgou uma nota aos seus passageiros e acionistas sobre o cancelamento e também acrescentou que os passageiros com voos já comprados serão avisados o quanto antes sobre as mudanças na programação.

A Air Zimbabwe conta atualmente com uma frota de oito aeronaves, segundo o site planespotters.net, incluindo clássicos como o Boeing 737-200 e o Boeing 767-200. Ela possui voos para Dar Es Salaam, na Tanzânia, Victoria Falls e Bulawayo, no Zimbábue, e Johanesburgo, na África do Sul.

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Situação em Johanesburgo e outros países africanos

A empresa aérea nacional do Zimbábue estava cancelando nas últimas semanas os seus voos para Johanesburgo (JNB), cidade que também vinha sendo afetada por essa situação. Várias companhias como a Swiss, Qantas e Virgin Atlantic necessitaram fazer uma escala em Durban para reabastecimento antes de seguirem para o seu destino final. Em abril, a Malawi Airlines precisou cortar 70% das bagagens a bordo de seus voos em JNB para colocar combustível extra suficiente para conseguir realizar o voo de retorno para o Malaui sem abastecer em território sul-africano.

A Companhia de Aeroportos da África do Sul afirmou que o Aeroporto Internacional OR Tambo está com quantidade suficiente de combustível para realizar os abastecimentos e que a situação já foi normalizada. Foi feito também um pedido por parte da companhia para as que empresas aéreas não cancelarem mais seus voos em Johanesburgo.

Dacar, no Senegal, também teve problemas relacionados à falta de Jet A1 e as empresas aéreas da Nigéria ameaçaram suspender todas as operações domésticas por conta dos altos preços do combustível, o fato não se concretizou. A origem de todo esse problema vêm das fortes oscilações causadas na economia global nos últimos tempos, principalmente após a invasão russa na Ucrânia.

Fábio Passalacqua

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