Uma conquista, independente da grandeza, sempre deve ser celebrada. Afinal de contas, para ser alcançada, muito empenho e dedicação foram colocados naquele objetivo e, para o Tenente Aviador André Mayer Fontoura, não foi diferente. Neste início de junho de 2022, o piloto concluiu o curso de Piloto Operacional de Demonstração Aérea (PODA), pela Esquadrilha da Fumaça, e está apto a realizar demonstrações pelo Brasil afora e até mesmo no exterior.
Após ter sido interceptado em dezembro de 2021, pelos aviões da Fumaça, enquanto fazia um voo como instrutor do 1º EIA – Primeiro Esquadrão de Instrução Aérea -, na Academia da Força Aérea (AFA), teve de cumprir 80 missões de treinamento, sempre com um instrutor na aeronave, com o objetivo de aprender os conceitos de acrobacias a baixa altura e da doutrina do voo no Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA).
“Os voos de instrução são gradativos, a princípio, foram 20 missões para a adaptação à técnica de voo de dorso, depois são 50 missões relativas ao voo dedicado à posição a qual o piloto vai ocupar na formação da Esquadrilha, no caso do Tenente Fontoura, a posição #2. A progressão se estende também para o número de aviões: os primeiros voos são com dois aviões, depois voa com o quatrilho, em seguida seis e por último sete aviões”, afirma o Capitão Aviador Rafael Magri Grothe, piloto número #2 e um dos instrutores do curso PODA do Tenente Fontoura.
Com mais de 1.700 horas de voo, o piloto de caça formado pelo Esquadrão Joker, teve de se especializar na manobra que leva a identidade da Esquadrilha da Fumaça, o voo de dorso. “Voar de ponta cabeça não é uma tarefa fácil. Na AFA a gente faz voos de dorso, mas não se compara com o que temos de fazer na Fumaça. É muito específico, tem de reaprender do zero, mesmo com experiência. Tem de aprender a fazer curva e o próprio desconforto do voo invertido é um desafio”, afirma Fontoura.
E, para o primeiro voo solo do piloto em um treinamento oficial, sem instrutor a bordo, como Ala Direita da Esquadrilha da Fumaça – piloto #2, voando com os sete aviões e realizando todas as acrobacias pertinentes a sua posição em uma demonstração, a recepção tem de ser calorosa, como de costume.
O Esquadrão todo à frente da “casa de pista” do hangar, amigos e familiares para ver a saída e, principalmente, a chegada do mais novo integrante formado para receber o cobiçado cachecol de piloto da Esquadrilha da Fumaça e, não menos importante, o tão esperado banho que batiza o integrante.
“É muita emoção, é a adrenalina que a gente guarda para este momento, pois, durante o voo solo a gente se concentra bastante e não deixa a adrenalina tomar conta, mas quando a gente pousa os aviões, solta a fumaça em solo e corta os motores, é hora de curtir o momento. Graças a Deus formado e pronto para cumprir as missões”, conclui o fumaceiro recém-formado.
A agenda da Esquadrilha da Fumaça é divulgada mensalmente ou a cada dois meses, sendo necessária a solicitação formal com a antecedência mínima de quatro meses ao CECOMSAER. Todos os custos de material, logística e pessoal são cobertos pelo Comando da Aeronáutica. Para mais detalhes sobre como realizar o convite, acesse www.fab.mil.br/eda. Acompanhe a rotina da Fumaça nas redes sociais: Facebook, Instagram, Twitter, Youtube e Flickr.
Informações via EDA