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No último dia 06 de outubro, a Hawaiian Airlines comemorou incríveis 93 anos de história. Hoje ela é a principal empresa aérea da região, proporcionando uma extensa malha de voos entre as ilhas do Havaí e também ligando-as com diversas cidades norte-americanas e destinos internacionais no Pacífico e na Ásia. Embarque conosco pela trajetória da aérea havaiana:
Inter-Island Air Service
Sob o nome de Inter-Island Air Service, a aérea havaiana decolou pela primeira vez no dia 06 de outubro de 1929, transportando 76 passageiros em uma série de voos testes efetuados pelo monomotor Bellanca. Em novembro daquele ano, ela iniciou efetivamente os seus serviços aéreos regulares e o primeiro voo partiu de Honolulu para Hilo com uma parada em Maui. Naquele início, a frota da companhia consistia em dois Sikorsky S‑38 (anfíbios) e um Bellanca CH-300.
No ano de 1934, a Inter-Island Air Service ganhou o contrato para realizar os primeiros serviços postais entre as ilhas havaianas.
Em 1935, a empresa atingiu a marca de 13 mil passageiros transportados e incorporou alguns Sikorsky S‑43s, que eram as maiores aeronaves até então operadas pela companhia. Alguns anos depois, em 1941, a InterIsland Air Service passou a se chamar Hawaiian Airlines e recebeu um trio de novos Douglas DC-3. Os bimotores voaram direto de Oakland, na Califórnia, até Honolulu, no Havaí, em um trajeto de 13h54 minutos, sendo até hoje o voo mais longo, sobre a água, já operado pelo modelo.
Believe It or Not – Pearl Harbor
Já voando como Hawaiian Airlines, em 1941 aconteceu um dos primeiros incidentes na companhia.
Durante o ataque japonês a Pearl Harbor, um dos DC-3s da empresa foi atingido por um projétil enquanto voava com 24 passageiros pelo Havaí. Um dos motores pegou fogo, mas instantes depois, uma bala perdida atingiu os extintores de incêndio e as chamas foram apagadas.
Ninguém se feriu no ocorrido.
Pioneira na carga aérea e novos recordes
A década de 40 foi recheada de novidades na Hawaiian. Primeiro vieram os DC-3s, depois, em 1942, a empresa recebeu o certificado para operar voos cargueiros, passando a ser a primeira empresa aérea dos Estados Unidos a obter tal certificação.
No ano de 1943, a companhia contratou suas primeiras comissárias de bordo e bateu um novo recorde: 108 mil passageiros transportados ao longo daquele ano.
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Anos 50
A década de 50 começou com um prêmio para a Hawaiian. O Conselho Nacional de Segurança dos EUA entregou à companhia o Prêmio de 20 anos, celebrando o as duas décadas de vida da empresa.
Em 1952, a aérea havaiana introduziu os primeiros Convair 340s em sua frota. Com capacidade para acomodar até 44 viajantes, eles foram os primeiros aviões com cabine pressurizada a serem incorporados pela Hawaiian Airlines. Ainda naquele ano, a empresa trocou a sua logo, colocando o pássaro Iiwi, que é nativo do Havaí, como principal símbolo.
No ano de 1955, a empresa recebeu cinco DC-3s “Viewmaster”, uma versão adaptada do DC-3 com janelas maiores. Um plus para os passageiros poderem admirar toda a beleza natural do Havaí ao longo dos voos com a companhia. A empresa fechou a década de 50 com a chegada dos quadrimotores DC‑6s, em 1958.
Era a jato e anos 70 até 80
A era a jato chegou na Hawaiian Airlines no ano de 1966 com a introdução das primeiras unidades do Douglas DC-9-10. Podendo acomodar até 85 passageiros, os jatos passaram a realizar os serviços Inter-island, substituindo os DC-3s. Anos mais tarde, a companhia incorporou a maior versão da família DC-9: o Douglas DC-9-50, que acomodava até 130 passageiros. Pouco antes da chegada deles, a empresa introduziu uma nova e chamativa pintura. Com faixas vermelhas e rosa na fuselagem e uma mulher com a flor Pualani no estabilizador vertical, o novo esquema visual reforçou ainda mais a imagem havaiana e tropical da empresa. A cara do Havaí!
No ano de 1977, a Hawaiian completou 3 milhões de passageiros transportados e dois anos depois, em 1979, realizou o primeiro voo com uma tripulação 100% feminina.
Voos Transpacíficos
A década de 80 foi marcada por uma realização que a empresa estudava há tempos: voos ligando o Havaí ao continente americano. Mas antes, em 1983, a empresa incorporou um trio de Douglas DC-8 e iniciou uma série de voos fretados para ilhas como Samoa, Pago Pago e Tonga, situadas no Pacífico Sul, marcando assim o início dos voos transpacíficos.
No ano de 1985, foi a fez do primeiro voo entre Honolulu e Los Angeles, realizando o tão esperado “sonho” da companhia. Com a chegada de cinco Lockheed Tristar (ex-All Nippon Airways) a aérea deu esse importante passo em sua trajetória. Posteriormente, a Hawaiian adicionou voos para Seattle, São Francisco, Portland e Las Vegas, aumentando sua presença na costa oeste dos EUA, e também ampliou suas rotas pelo Pacífico Sul com linhas para Guam, Tahiti, Rarotonga e Nova Zelândia.
Na década de 80 a empresa criou seu programa de milhagens, o Travel Plus Worldwide, que depois se transformou no Gold Plus.
Frota 100% a jato e anos 2000
No ano de 1994, a empresa recebeu seus primeiros DC-10s, que vieram a substituir os Tristars e DC-8s. Todos eles eram ex-American Airlines e a empresa manteve a pintura bare-metal, adicionando suas vibrantes linhas havaianas nos trijatos.
O programa de milhagens teve seu nome alterado novamente e passou a se chamar HawaiianMiles.
Na década de 90 a frota da companhia já era toda composta por aeronaves a jato.
Os DC-10s não duraram muito na empresa e foram devolvidos entre os anos de 2002 e 2003, dando lugar a 14 unidades do Boeing 767-300. Os DC-9s também foram aposentados e o Boeing 717 passou a ser o carro-chefe da companhia nos voos Inter-Island. Paralelamente, a Hawaiian Airlines introduziu um novo esquema visual, mantendo a mulher com a flor Pualani no estabilizador vertical e deixando a pintura ainda mais atraente.
Em 2004, a empresa estreou suas ligações regulares para a Austrália, pousando em Sydney e em 2009 completou 80 anos de operação.
De 2010 até 2022
Quase todos os anos na história da Hawaiian são marcados por novidades e 2010 foi mais um deles. A empresa recebeu os primeiros Airbus A330-200, como o início de uma nova renovação de frota. Eles gradualmente foram substituindo os Boeing 767s, que foram aposentados definitivamente em 2019. Ainda em 2010, a aérea havaiana estreou seus voos para o Aeroporto de Haneda, em Tóquio, no Japão, com um serviço diário.
No ano seguinte, a empresa seguiu ampliando seus horizontes com ligações diretas para Osaka (Japão) e Seul (Coréia do Sul) e em 2012 foi a vez de adicionar Nova Iorque ao seu mapa de destinos. Esse passou a ser um dos trajetos domésticos mais longos nos Estados Unidos e também no mundo, superando 9 horas de voo.
Pequim, Sendai, Auckland, Sapporo, Boston, Brisbane, Tóquio (Narita) e vários outras cidades foram sendo adicionados ao longo dos últimos anos na malha da empresa, consolidando a Hawaiian Airlines como uma importantíssima figura no Pacífico.
Em 2017, a pintura ganhou um update e a cada modificação que a empresa faz, a pintura fica ainda mais bonita e a imagem do paraíso, conhecido como Havaí, também é reforçada.
O primeiro Airbus A321neo chegou na empresa em 2017, já “vestindo” a nova pintura. O modelo foi essencial para a estreia da companhia em mercados onde não haveria demanda suficiente para o Airbus A330, como por exemplo Long Beach ou San Jose.
No ano de 2018, a empresa anunciou a encomenda do Boeing 787-9, visando substituir os Airbus A330-200. Pelo menos um Dreamliner já foi avistado nas cores da Hawaiian, mas por conta da pandemia e de atrasos nas entregas do modelo, a companhia não tem data definida para incorporá-los.
Hawaiian Airlines hoje
Com uma malha forte não só entre as ilhas do Havaí, como também pelo Pacífico, a Hawaiian Airlines atende hoje 27 destinos e opera uma frota composta por 61 aeronaves, sendo:
- 18 Airbus A321neo
- 24 Airbus A330-200
- 19 Boeing 717s
Os Boeing 717s continuam como os responsáveis por conectar as ilhas havaianas, os A321neo e os A330-200 conectam o Havaí com os destinos que estão mais distantes.
Enquanto A330 já tem um futuro substituto, os Boeing 717s seguem operando livres de “se preocuparem” em serem aposentados. A empresa ainda não anunciou um substituto para eles e ela é uma das poucas no mundo a voar com o modelo. Durante uma entrevista em 2020, o CEO da Hawaiian Airlines, Peter Ingram, disse que, por enquanto, a empresa não tem planos para aposentá-los e que eles são “a combinação perfeita para a proposta da Hawaiian”.
Uma empresa certamente emblemática e em 2022 para comemorar os seus 93 anos, a Hawaiian voltou às suas origens, colocando o clássico monomotor Bellanca, onde tudo começou, em exposição no seu hangar em Honolulu.
Vida longa à Hawaiian Airlines!
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