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Há exatamente 11 anos, a Boeing entregava o seu primeiro 787 a uma companhia aérea. Anos mais tarde, o jato viria a se tornar um grande sucesso e também uma das dores de cabeça da fabricante norte-americana.
Com uma cerimônia realizada na principal fábrica da Boeing no aeroporto de Everett, o Boeing 787-8 de matrícula JA801A foi oficialmente entregue à japonesa All Nippon Airways, cliente lançadora do modelo. O fato sucedeu no dia 26 de setembro de 2011. No dia seguinte, o avião voou para sua nova casa no Japão, pousando no Aeroporto de Haneda em Tóquio. A aeronave entrou em serviço comercial no mês seguinte, realizando no dia 26 de outubro, o voo entre Tóquio – Narita e Hong Kong. A ANA fechou o ano de 2011 com três Boeing 787-8 em sua frota. Confira o vídeo do evento abaixo:
A primeira entrega aconteceu quase 2 anos depois do primeiro voo do Dreamliner, que ocorreu no dia 15 de dezembro de 2009 e foi acompanhado pelo olhar de milhares de pessoas.
O Boeing 787 mudou a dinâmica na aviação quando lançado. O inovador projeto da Boeing foi a primeira aeronave de maior porte da história a ser produzida majoritariamente com fibra de carbono, significando um avião mais leve, portanto mais econômico que os seus antecessores. Vários aspectos do então novo Boeing chamaram a atenção na época, dentre eles as janelas, que são maiores e ao invés de persianas, são escurecidas ou clareadas através de um comando elétrico, totalmente diferente do padrão das outras aeronaves.
Logo, o Dreamliner já estava voando por vários lugares do mundo em empresas como a Ethiopian Airlines, Air India, American Airlines, Thai Airways, LAN Chile (atual LATAM), British Airways e muitas outras.
O que parecia ser o tiro certo para a Boeing, se transformou em dor de cabeça para a fabricante norte-americana no ano de 2013, quando todas as operações do modelo foram paralisadas ao redor do mundo após uma série de incidentes. Problemas com a bateria de lítio da aeronave foram as principais causas dos ocorridos. No período em que os Dreamliners ficaram estacionados, as empresas aéreas correram atrás de arrendar aeronaves para suprir os voos e minimizar cancelamentos.
Com a questão solucionada, os Boeing 787s foram autorizados a voltar a voar em abril de 2013, após quatro meses parados. O fato em si não afetou o desempenho comercial do jato, que é um dos maiores sucessos da história da Boeing, com mais de mil unidades entregues (somando todas as variantes). O Boeing 787 foi o sucessor natural dos Boeing 767 e Boeing 777-200 para muitas empresas.
Ainda em 2013, em setembro daquele ano voou pela primeira vez o Boeing 787-9, que é a versão de maior sucesso da família Dreamliner com quase 900 encomendas! O primeiro da variante -9 foi entregue em julho de 2014 a Air New Zealand e entrou em serviço comercial no mês seguinte.
No dia 31 de março de 2017, foi a vez do maior Dreamliner realizar o seu primeiro voo. O Boeing 787-10 é a versão alongada de seus irmãos -8 e -9, com maior capacidade de passageiros, porém foi o que teve menos encomendas. Ao todo, foram realizados 182 pedidos do modelo, sendo que 62 deles já foram entregues. A companhia lançadora do Dreamliner -10 foi a Singapore Airlines.
Recentemente, a Boeing voltou a ter problemas com a aeronave, mas dessa vez relacionados à linha de produção e ficou impedida de realizar entregas do modelo por mais de um ano, retomando-as no último mês de agosto. Hoje, a maior operadora de 787s é a All Nippon Airways com 77 unidades, das três variantes, sendo 36 do Boeing 787-8, 39 do Boeing 787-9 e um par de Boeing 787-10s.
Atualmente temos aqui no Brasil um único Dreamliner registrado no país. Trata-se do PS-LAA que voa na LATAM Brasil. A companhia espera incorporar mais aeronaves do modelo nos próximos meses.
Com seu design único, moderno e futurista, onze anos depois de entrar em serviço, os Dreamliners continuam atraindo os olhares dos entusiastas e trazendo conforto aos seus passageiros com suas cabines amplas. Mesmo com alguns problemas ao longo de sua história, o Boeing 787 é uma aeronave bastante segura e jamais se envolveu em um acidente fatal.