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Na última semana, um fato intrigou o mundo da aviação e foi notado por observadores de plataformas de rastreamento de voos, que chamaram a atenção do público com a questão.
Quatro Airbus A340-300s, que pertenceram anteriormente à Turkish Airlines, decolaram da África do Sul com plano de voo para o Uzbequistão. No entanto, ao sobrevoarem o espaço aéreo do Irã, os quadrimotores “desviaram” sua trajetória e pousaram em Teerã, capital do país. Não há notícias do que teria levado o quarteto de A340s a não cumprirem o trajeto previsto, mas surgiram algumas hipóteses para o caso.
Os jatos voaram pela aérea turca até 2019 e desde então estavam armazenados na África do Sul, em nome de uma empresa chamada Avro Global Limited. Registrados em Burkina Faso como XT-AKA, XT-AKB, XT-AKK e XT-ALM, conforme aponta o site Airwaysmag, as aeronaves decolaram na última sexta-feira (23) de Johanesburgo usando o registro não identificado MAN.
Uma teoria levantada é de que os aviões teriam sido desviados para Teerã como parte de “alguma transação clandestina”, visto que o país é um dos mais sancionados do mundo e não é autorizado a adquirir novas aeronaves com as fabricantes. O Irã também enfrenta dificuldades para adquirir aeronaves de segunda mão e peças de reposição.
O país é conhecido por driblar os embargos econômicos e a suspeita (não confirmada e nem negada pelas autoridades) é de que as aeronaves foram compradas pelo Irã e desviaram de seu “trajeto original” para evitar as sanções.
Caso confirmado, ainda não se sabe qual empresa aérea utilizaria os modelos. Atualmente, duas companhias do país, a Mahan Air e a Iran Iseman, operam com o A340, além do governo iraniano, que possui uma unidade.
Outras hipóteses também foram levantadas, como a de que as aeronaves seriam levadas para a Venezuela ou de que a Turquia tenha envolvimento no caso. No entanto, nenhuma das teorias foi confirmada.